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Bem vindo ao Ivy's - Página 2 Empty Re: Bem vindo ao Ivy's

Seg Nov 28 2016, 13:35
Kate permaneceu sentada, olhando e ouvindo, enquanto aquela colcha de retalhos que era sua nova matilha se manifestava. Ainda era muito difícil pensar neles como matilha, mas ela tinha que superar aquilo. Eles tinham que dar um jeito. Aquela missão era importante. Na verdade, se desse merda, não seria estranho pensar neles sendo executados. Ou ostracizados. Ela nunca ligou muito pra ideia de morrer, mas virar Ronin não era uma ideia legal. Mesmo a sociedade Garou sendo a merda que era, não queria nem pensar naquilo.

O chicano falou. O que a porra de um brasileiro estava fazendo ali? Até onde ela sabia, nem haviam lobos no hemisfério sul. Como podia haver Garous no Brasil? E parentes de índios? Será que os Uktena tinha migrado tão ao sul assim? Enfim, poderiam ser coisas pra se pensar depois. Mas o cara era ativista, até aí tudo bem. Ela até curtia. Seu primo e seu amigo virtual eram ativistas também. E ao menos agora, o cara não demonstrou ser um babaca, que foi sinceramente a impressão que ele passou na confusão anterior (como aquilo tinha começado mesmo? Estava difícil lembrar...). E era um Ahoun. Agradeceu mentalmente a Gaia por isso. Parecia melhor ter um Ahroun Filho de Gaia, que um Wendigo ou Cria de Fenris.

Jimmy levantou, e falou algo que ela pensou que estouraria outra merda. Não estourou. Mas era fácil de ler seu irmão de matilha: ele estava tão frustrado quanto ela com aquela história toda. Eles apenas reagiam de maneira diferente. Ela era mais cínica que Jimmy, ele era mais emotivo. E mais, ele não era Alfa... Não pesava sobre ele fazer aquele bagaça funcionar de algum jeito. Quando resolveu aceitar ser Alfa, pensou que isso se restringiria a não deixar os dois lupinos e o Karatê Kid surtarem no trânsito da hora do rush, ou cometerem gafes com uma atendente do Starbucks.

Em seguida, veio o careca. Então, ele não era metrossexual, mas sim, Impuro... Cara, um Fenris Impuro deve apanhar muito ao longo da vida. De repente, a vida dela pareceu muito simples em comparação com aquilo. Ok, o arrancar de camisa foi um pouco teatral, mas ela até se pegou pensando que ele poderia continuar o show e arrancar tudo. Aquela merda de hormônios do período fértil (fértil por assim dizer) não deixava pensar direito às vezes... Mas, bem, para um Cria, a coisa até que foi bem. O cara parecia respeitar a posição dela e de Jimmy, mais do que se poderia dizer do lobo psicopata. E aquele sujeito era o que ia ter que se virar pra convencer o Vento do Norte a aceitar e abençoar aquele bando de rufiões. Não queria estar na pele sem pêlos dele...

Próximo, Sr. Suspensórios. Era paradoxal: o sujeito tinha uma aura que impunha respeito, mas como é possível respeitar um garotão de boina e suspensórios? E porque raios ele estava em Glabro? Até ela já tinha revertido a Hominídeo novamente. Será que estava querendo confusão?

A pergunta foi rapidamente respondida, pelo modo como ele olhou para Torin. Ela conhecia aquele olhar, bem demais para passar despercebido. A partir de agora, seria muito, muito difícil olhar praquele sujeito e não ler "BABACA" estampado na testa dele. Tinha esperança que o careca fosse bem obtuso, ao ponto de nem ter percebido o claro olhar de desprezo dirigido a ele, mas não podia contar com isso. Então, como Torin estava ao seu lado, colocou a mão no braço dele, e sussurrou pelo canto da boca: - "Teremos tempo para esfregar na cara dele que o pecado de nossos pais não nos define. Mas não agora. A missão é mais importante nesse momento". Sim, ela estava dizendo a ele que também era Impura, embora não pretendesse, sei lá, arrancar a calça e mostrar a bunda sem rabo. Ela não escondia quem era, mas também não achava necessário andar por aí com uma placa escrito "IMPURA".

Do modo como o babaca de suspensórios fazia um discurso exaltado, não havia risco dele ouvir o que ela falava. Ele estava se deleitando com a hipocrisia Garou habitual: desprezar um colega, para em seguida dizer que eles são um. Mais do mesmo. Galliards são falastrões, Fiannas também. O que esperar de um Galliard Fianna?

Por fim, o advogado. Kate pensou que ele, vendo que suas palavras quase causaram uma confusão há poucos minutos, não só escolheu falar por último, mas também economizou no discurso. Sábio, pensou ela. Ponto pra ele. Errar é humano (também é Garou), mas persistir no erro é burrice, e ele não foi burro. Era bom ter um Philodox sábio, esperava que ele continuasse assim. Especialmente porque ele também era Fianna. Se fosse um Fianna babaca como o outro, em breve haveria problemas no ar.

Spoiler:

Mas, a coisa até que tinha caminhado bem. Ela esperava que eles tivessem falado um pouco mais do que sabiam fazer. Quer dizer, espera-se que Ahouns saibam machucar coisas e pessoas, que Theurges saibam lidar com a Umbra e seus habitantes, que Juízes conheçam as Tradições e trabalhem pela ordem, etc, mas Garous vão além disso. Agora, parando pra pensar, ela nem mesmo sabia o que Jimmy era capaz de fazer. Quer dizer, ele andava armado e tal, devia saber se virar num combate, mas e além disso? Iam ter que se virar na sorte mesmo, até se conhecerem melhor. Esperava que sobrevivessem o bastante para isso.

Quando todos terminaram, tomou a palavra novamente:

- "Ok, sabemos quem somos, e sabemos nossa missão. O tempo é curto e o trabalho é importante, então, melhor metermos a mão na massa logo. Temos um telefone do contato dos Águas Negras, e um endereço de um Parente dessa "Último-Aviso". Vamos colocar esse show na estrada! Vamos até esse endereço, e falamos com os Águias no caminho. Se ninguém estiver de carro, cabem todos no meu"

Realmente, ter comprado um carro grande pareceu agora uma ótima ideia...
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Seg Nov 28 2016, 17:14
Sujeitinho abusado este Jimmy,  quanto a isso Bruce sorri um sorriso semelhante,  tão forçado e dissimulado quanto o dele.  Pensou em dizer algo para coloca-lo em seu lugar,  mas percebeu algo interessante: Ele era um cara carente... Mas também com essa cara feia e esse cheiro, que mulher daria mole para ele? Para o bem dele achou melhor ignora- lo.

O outro Fianna começou então um novo blá blá blá... blá blá blá e blá blá blá... O problema não foi seu falatório e sim sua expressão. Apesar de não conhece-lo bem,  aquela cara de nojo dizia tudo e mais um pouco.  Já viu ela algumas vezes.

Esse cara fumou bosta de vaca naquele cachimbo, só pode! Observava enquanto coçava a barba com as costas da mão e se acomodando na cadeira.

Típico de sangue azul...

"Faz isso não Boy"- pensava- "Isso é tão antigo quanto deplorável... vamos evoluir..."

Nota então que Vida Loka contornava a situação de algum modo com o Cria de fenris, nesse momento seu olhar se divide entre prestar atenção no impuro e no fanfarrão.

Esperava que ele(O Cria de Fenris ) fosse senhor de sua fúria,  ou teria que agir outra vez para lhe impedir de voar no pescoço de mais alguém.  Só que dessa vez agiria com menos presteza, esperaria pelo menos o sangue verter. Esse filhote de sininho não era seu amigo... FueDa-se.

Se mantém em estado de alerta outra vez mais,  enquanto endoçava o apelo da Andarilha visando a partida.

_Por mim já estou dentro.  Podemos partir então?
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Ter Nov 29 2016, 14:35
Quando o outro Fianna se levantou, Torin pôde ver melhor o sujeito. Ainda mais quando este passou, bem próximo, lançando um olhar de reprovação - o qual, Torin reconhecia bem, nas outras Tribos - e repúdio...

"Vai encarar, pinguço?" - Torin, jamais se importou com palavras ou olhares... nos Crias de Fenris te espancam, até quase a morte, se eles não te aprovarem! Um olhar de reprovação ou um narizinho torto, não eram mais do que "sopros na brasa da Fúria". Mas, havia algo mais naquele cara... apenas de Torin não se importar com sua opinião, algo dizia para ele não contestar o Fianna. Não sabia o porque, mas sentia que devia até, desviar o olhar - se odiou por sentir isso - quando este firmou o seu, em Torin. Não era apenas a Fúria dele, que era, quase, tão palpável quanto a do Ahroun, nem o fato dele estar na forma Glabro - o Ancião Modi de seu Caern era maior, na forma humana, do que este Fiana, agora -. Mas, algo que Torin não sabia explicar.

Foi quando sentiu alguém tocar-lhe o braço - estava em alerta, mas refreou o instinto de puxá-lo - e, ao vira-se, viu a delicada mão de Kate - já não era mais uma garra - no seu antebraço e a ouviu sussurrar algo, enquanto o outro pinguço começava, mais um, "discurso Fianna", saco...

Mas, quem ligaria para outro pinguço discursando - especialmente, este - quando se tem algo muito mais importante confidenciado no ouvido? "Ela, também, é uma Impura." - concluiu - "Talvez, por isso, eu tenha 'sentido' algo bom, vindo dela..."

Apesar da suspeita de todos, olhares de desdém ou palavras de desprezo, não eram nada que chegasse a perturbar Torin, se comparado ao que o treinamento dos Crias é. Por Gaia! ele ouvira que em Caerns mais extremos, principalmente, da Europa, os Filhotes eram estuprados, seja lá qual for sua raça!

Um olhar esnobe de um Fianna beberrão e falastrão, não significa nada, frente ao que a Wyrm reserva para aqueles que não estejam preparados.

Não fosse sua atitude, poderia-se dizer que o discurso, até que seria inspirador- "Duas palavras pra você: 'Garganta-Celeste'!" -, mas Torin já era grato por ter terminado. Pois, talvez, o pior, ainda estava por vir...

Huoun se levantou, outra vez... "Oh, grande Loki, você é cruel em suas brincadeiras..." - pensou Torin, já se lamentando por antecipação.

Mas, parece que as surpresas nunca acabam, nesta Matilha... O Fianna falastrão limitou-se a, apenas, duas frases. "Deve ser uma regra dos Fianna: quando um faz um discurso 'quilométrico', passa a vez, pro próximo na fila" - pensou, Torin - "Uma coisa, eles não renegam: sua queda pela bebida. Tribo de beberrões. Não é atoa que seus guerreiros não conseguem se igualar aos Crias... estão muito ocupados, tropeçando nos próprios pés para conseguirem lutar. Tsc!

Kate se ergueu e disse tudo o que a Matilha, realmente, precisava ouvir naquele instante.

O latino concordou, enfaticamente, e isso agradou Torin - "É assim que um Ahroun fala!"

Sem dizer mais nada, Torin se levantou e recolheu seu agasalho da mesa, vestindo-o - não poderia passar pelo salão debaixo sem horrorizar os clientes, se não se vestisse - e, com um aceno afirmativo de cabeça, se dirigiu na direção de Kate.
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Ter Nov 29 2016, 20:32
A reação da sala a sua apreaça - mistura de "apresentação" e "ameaça" surpreendeu um pouco Jimmy, mas ele não demonstrou. Afinal, o Roedor de Ossos nunca havia sido líder de absolutamente nada e agora não só recebia respeito de um Cria de Fenris, como também do que parecia ser um Fianna de sangue bastante puro - isso sem falar nos outros. Por um lado, aquilo era bom... mas por outro, bom, por outro era meio decepcionante: parte de si só queria um motivo pra enfiar uma faca em alguém.

Sangue-Ruim encarou a nudez de Torin com um riso meio sarcástico na boca, mas não pareceu dar a mínima sobre sua qualidade de impuro - na verdade, como já havia descrito antes, Jimmy já o havia identificado como tal e não podia se importar menos. Sabe como é, né? Ele era um Roedor de Ossos - já havia visto impuros de todas as cores, formas e sabores, e seu coração tinha um ponto macio para todo tipo de bastardo inglório e deformado que Gaia podia criar. Ele era um deles, no fim das contas, sob certos aspectos. Acenou com a cabeça para Torin sem dizer nada, quando ele o olhou.

Durante o discurso do Fianna, JImmy respirou fundo e tentou acender o cigarro de novo. AO ver o isqueiro falhar mais uma vez, bateu-o na mesa, meio frustrado, e seu rosto demonstrou um certo desespero. Ele esperou o Fianna terminar de falar - algo no homem impunha um certo respeito, apesar dos suspensórios - mas assim que o discurso terminou, o ragabash alfinetou.

" - Muito bonito, me emocionei." - disse. " - Mas, por Gaia, vamos tentar usar frases curtas? Eu me distraio facilmente." - acrescentou, em alto e bom tom, expandido o pedido para todos os presentes.

Depois virou sua atenção para Kate, observando enquanto a andarilha falava - mas Jimmy havia tirado do bolso um nokiazinho vagabundo, provavelmente um daqueles burner-phones quase descartaveis, e digitava uma mensagem para alguns contatos.... especiais, que preferiria não divulgar tão cedo.

Mandei a mensagem por PM para a narradora

Enquanto esperava a resposta, ele respirou fundo, acenando com a cabeça para Kate e para Bruce. " - Eu queria conseguir passar 12h sem ter que ir pra zona rural." - resmungou, já de pé.
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Ter Nov 29 2016, 21:33
Quando Kate pediu para que saíssem, Onawa - que já não parecia contente com nada - lançou um olhar fumegante na direção do Fianna que era seu alfa, esse que apenas arqueou levemente uma das sobrancelhas e depois de um segundo ou dois, respirou fundo. Deixou o número e o endereço e moveu a cabeça para a Theurge, para que saíssem: ela pronunciou um monte de palavras emboladas, numa língua nativa que eles não compreenderiam.


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Quando finalmente saíram do lugar - que agora estava completamente vazio, exceto pela jovem atrás do balcão - que lançou um olhar desinteressado para eles e voltou a olhar o próprio celular.


Lá fora, o tempo agora estava ainda mais fechado que antes. O pouco brilho daquela manhã - agora tarde - cinzenta tinha se transformado em um céu escuro e pouco convidativo. O vento tornara-se frio, como se fosse um precursor de maus presságios para aquele lugar.


"- Torin...?" - Disse a voz feminina, vindo da esquina do lugar, os olhos azuis de Mayla, uma jovem de cabelos claros e longos, ligeiramente mais alta do que a maioria das jovens naquele idade e com uma postura mais séria e confiante, também. Ela olhou os Garou ali presente por um momento muito breve e Mayla não era exatamente bonita - não tinha nada de espetacular em seu rosto -, mas sua aparência era... Interessante, de certo modo (Aparência Selvagem). Mas o contato visual dela com os demais durou pouco, e voltou sua atenção ao Cria de Fenris.


"- Podemos falar por um minuto?" - Quis saber, indicando com a cabeça que o Theurge se afastasse dos demais. A jovem deu uns passos para longe deles, aguardando. Quando Torin se juntou a ela, Mayla virou-se para ele.


"- Essa é a matilha?" - Perguntou, num tom de voz baixo e suspirou levemente. Mayla pôs a mão na bolsa que carregava, tirando de lá um aparelho celular e um cartão. "- Dedique isso quando tiver tempo." - Falou. Entregando os dois para ele. "- Tem o meu número, o de casa e o meu celular. Tem o número da Helena também, caso você precise falar com a gente. O cartão é pra caso você precise de dinheiro, a senha está grudada nele." - Avisou a jovem. "- Cuide-se, ok?" - Avisou, e esticou-se, lhe dando um beijo no rosto rápido, antes de voltar a olhar a trupe esquisita que da qual o irmão agora fazia parte. Voltou a olhar para ele e sorriu, acenando, enquanto começava a se afastar.


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O endereço deixado por Mattieu os levava para longe de Portland, para um lugar chamado Great Wass Island Preserve em Beals.


A viagem era relativamente longa, e aos poucos foram avançando... O maior problema mesmo era quando chegaram definitivamente em Beals. Quanto mais rodavam, mais a "civilização" ficava para trás, o asfalto aos poucos foi sendo substituído por terra, e a estrada aos poucos foi sendo tomada por árvores (Pinheiros, o Maine era famoso graças aos pinheiros), não demorou muito para terem que estar andando mais ou menos a 10km/h.


Em determinados momentos, parecia que a floresta estava prestes a engolir eles - estava mais escuro ali, já que as árvores não deixavam a luz entrar muito bem.


Afastaram-se praticamente de todas as casas até chegar a uma única entrada, havia um portão muito mais à frente, daqueles de fazenda. Estava aberto, e parecia muito, muito velho - o mato tinha tomado conta da maior parte da cerca. Passaram por ele e andaram cerca de 5m até os veículos pararem de funcionar misteriosamente (todos os aparelhos eletrônicos pararam). Podiam ver cerca de uns 6 metros à frente o que parecia o topo de um daqueles celeiros de fazenda ou alguma merda assim.


Iam ter que andar.


E eles andaram. E conforme eles andavam, a pequena estrada de terra parecia mais escura - era como se os pinheiros que estavam ao lado da estrada estivessem se curvando na direção deles, prontos para engoli-los - e havia cada vez mais folhas no chão, cobrindo o caminho.


O lugar tinha um peso espiritual muito forte, o cheiro da mata era forte. Mas não era apenas isso… Era como se aquele lugar estivesse “flutuando” entre a Tellurian e a Umbra. E eles estavam tão… Distraídos.


Andavam, continuavam caminhando e a casa estava cada vez mais próxima. E andavam.


Torin achou estranho. Quer dizer, tinha alguma coisa estranha naquele monte de folhas antes do que parecia uma pequena ponte para passar sobre uma pequena corrente de água, Jimmy também estava achando estranho. Muitas folhas juntas… Mas tinha folha por todo lugar não tinha? Espera… Muitas… Folhas…


Espera!


Mas Kate estava lá, na frente - Jimmy próximo a ela - e ela parecia determinada, e eles deram os passos à frente subindo no monte de folhas.


Alguma coisa fez “creck”.


Então fez “vruum”, quando a rede pegou todos eles e a corda puxou para cima, amontoando os Garous numa velha e sem graça armadilha de floresta. E lá estavam todos eles. Esmagados, embaralhados e apertados dentro de uma rede de cordas, erguidas acima, numa altura considerável.


“- AHÁ PEGUEI VOCÊ!” - Alguém gritou, saltando para fora das árvores.


Houve silêncio.


Era uma garota. Isso era fato. Ela tinha a pele levemente morena - mas não no padrão Wendigo - seus cabelos muito, muito lisos tinham um tom acobreado - parecia que o preto padrão tinha se misturado com um loiro muito claro - e ela tinha os olhos azuis - ainda que os olhos puxados, como os Nativos Americanos costumavam ter. Era uma mestiça. Deveria ter em torno de uns 13 anos.


Subitamente ela ficou séria - logicamente não eram aquelas pessoas que ela esperava “pegar - os olhos azuis passando de um para o outro com espanto - ela tinha o que parecia um arco na mão - e vestia-se meio relaxada: um vestido simples, sem muitos adornos exceto pelo colar de filtro dos sonhos.


Então ela gritou.


E quando ela gritou um uivou respondeu: um uivo longo e pouco amistoso. A garota saiu correndo na direção da ponte.


- Galilahi?! - Uma voz masculina gritou, então a movimentação começou. Dois sujeitos vieram da direção da casa, um deles era claramente um Parente Wendigo, ele portava um rifle, o outro... Bom, o outro não se parecia tanto assim. O sujeito era branco, cabelos loiros e olhos azuis. Tinha um porte físico bom apesar de parecer mais velho (em torno de 35 anos) que a maioria dos cliaths ali.


O uivo ecoou mais próximo, o reforço estava chegando. A garota se escondeu atrás dos dois sujeitos.


- Mas que merda é essa? - Perguntou o loiro, tirando um facão da cintura e observando a rede erguida. - Quem diabos são vocês?! - Quis saber, enquanto atravessava a ponte na direção deles, apoiado pelo rifle do sujeito logo atrás de si. Não lembrava da cara daqueles sujeitos.
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Ter Nov 29 2016, 21:47
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