Warhounds
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Avaritia
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Apartamento: Mayla Empty Apartamento: Mayla

Seg Abr 03 2017, 22:31
Spoiler:


Mayla ficou um pouco surpresa, para ser sincera, quando eles concordaram com a ideia. Ela apenas se despediu de Freya, antes de começar a andar, seguida pelos Garou, era uma sensação estranha, mas nada com a qual não pudesse lidar. Digitou algumas mensagens no caminho para o próprio carro - o qual disse para Kate seguir - já que não ficava muito longe dali o lugar.

Dirigiram por cerca de dez minutos, antes de Mayla fazer a curva numa ruazinha pequena, entrada para um conjunto de apartamentos de três andares, simples, mas com uma boa aparência. Ela estacionou o carro em uma das vagas livres e aguardou por eles. Quando todos estavam juntos, ela moveu-se para um dos blocos - eram três - e subiu as escadas até o terceiro andar. O apartamento em si era pequeno - era composto de uma sala pequena, com dois sofás velhos, uma TV mais velha ainda e uma mesa com quatro cadeiras, uma estante com livros e janelas grandes, mas cobertas por cortinas àquela hora -, colada a sala estava a cozinha americana, a bancada dividia os dois cômodos e lá tinha o básico do básico: fogão, armários suspensos, geladeira, pia e uma cafeteira. Ao longo, um pequeno corredor com três portas: um banheiro e dois quartos.

Mayla entrou primeiro, jogando as chaves num potinho na mesa da sala, ao lado desse potinho, havia um embrulho - o mesmo que Kate tinha visto no carro do primo, no dia em que ele tinha ido lhe buscar - o embrulho em si sequer tinha sido aberto. Mayla virou-se para eles, vendo como o lugar ficava pequeno com tanta gente ali dentro.

"- Ok, vou pegar umas toalhas e vocês decidem ai quem vai primeiro. Mattie disse que chega em uns 20 minutos." - Avisou, se afastando para o corredor, entrou em uma porta à esquerda, e não se demorou muito lá, saindo com as toalhas e distribuindo. "- Espero que gostem de macarrão com queijo porque é a única coisa que tenho pra hoje." - Avisou, indo para a pequena cozinha; Mayla se movia bem lá, conhecendo o lugar como conhecia, logo estava com os ingredientes e a panela no fogo. O cheiro da comida logo tomou o pequeno ambiente. Ela estava terminando de servir os pratos, quando bateram à porta.

Mattias pareceu meio surpreso em ver a matilha ali e deu uma olhada na Parente. - É tipo uma armadilha? - Mayla apenas sorriu de leve, sem ter muita vontade de conversar com o sujeito. Ele entrou, fechando a porta atrás de si, deu uma olhada geral, como quem procura alguma coisa, antes de jogar-se num dos sofás. - Vocês caras, estão tão fodidos. - Disse, enquanto esfregava o rosto. - Estávamos prestes a 'devolver' o abacaxi pra patricinha resolver, agora tenho que bater um papo com os anciões e ver como as coisas vão ser guiadas, de qualquer forma, extraoficialmente, vocês continuam no 'caso'. Seria bom que falassem com a garota do computador da patricinha o quanto antes. Perguntas?
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Ter Abr 04 2017, 10:52
Quando recebeu sua toalha, Kate se dirigiu ao banheiro, sem olhar pra trás, e sem dar chance de seus companheiros falarem.

- "Estou introduzindo uma nova regra na Litania: a Alpha toma banho primeiro."

Era uma piadinha, mas foi dita sem qualquer humor na voz. Estava sem energia para humor. Tomou banho em poucos minutos, e pegou um xampu qualquer de Mayla que estivesse por ali, e depois um desodorante qualquer (não estava com energia pra ser bem educada e pedir antes). Pensou em catar uma base qualquer, pra disfarçar as olheiras, mas, na boa, nem sabia se Parentes Fenris se maquiavam. E estava sem energia pra se maquiar, de toda forma. Seus pêlos nas axilas e... em outros lugares, já estavam grandes novamente, mas estava sem energia pra amaldiçoar seu metabolismo de Impura, que fazia tudo se regenerar o tempo todo em qualquer caralho de forma que estivesse. E muito menos com energia pra se depilar.

Não teve energia nem pra ter curiosidade sobre o pacote em cima da mesa.

Saiu enrolada na toalha, com os cabelos úmidos. Mayla era mulher, e aqueles outros machos fedorentos eram seus irmãos de matilha. Estava sem energia para sentir pudor ou vergonha. Foi até o balcão da cozinha, e pediu para a irmã de Torin, em voz baixa:

- "Mayla, sem querer abusar mais, e já abusando, você não teria umas roupas aí que pudesse me emprestar? As minhas estão imundas e cheirando pior que um gambá. Quer dizer, um sutiã não ia caber, isso é obvio, mas qualquer outra coisa tá valendo. Digo, qualquer outra coisa já velha, ou que você não goste muito. Se eu precisar mudar de forma por alguma razão, não vou conseguir te devolver, então, não me empreste aquela brusinha que você adora, ou aquele vestido que economizou três meses pra comprar..."

_________________________________________________________________________________

Quando Mattias chegou, a piadinha inicial fez Kate sentir a Fúria subindo novamente pela garganta, quase trazendo de volta o macarrão com queijo do qual ela se empanturrava sem educação. O período de TPM tinha passado, mas era como se não tivesse. Aquele jeito daquele Fianna a estava irritando, e ele não tinha feito nada ainda. Engoliu o bocado que tinha na boca, e se dirigiu ao sujeito.

- "Mattias, você sempre tratou a gente de boa, eu não esqueci disso. Isso, e mais o devido respeito pelo seu Posto, augúrio, etc, etc, mas ficamos o caralho de três dias presos na Umbra, e tivemos dois irmãos de matilha arrancados de nós por aquele lugar, sem que pudéssemos fazer nada a respeito. Assim, na boa, vamos direto ao assunto? Com o que exatamente estamos fudidos, o que aconteceu na nossa ausência, e essa "garota do computador" é a tal Alexia?"
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Sáb Abr 08 2017, 14:42
Mayla era uma boa observadora e era exatamente o que fazia naquele instante, enquanto terminava de preparar a comida, não era das melhores cozinheiras, também, mas hei, de fome eles não iam morrer, no final das contas. Ainda achava estranho o fato de Kate ser a Alfa daquela matilha; não via na jovem qualquer traço que lhe pudesse destacar numa posição de comando, mas Garous deveriam funcionar de um modo diferente, no final das contas.

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O banheiro era pequeno, mas bem arrumado e limpo, como eram duas garotas que viviam ali, Kate pode experimentar um banheiro abarrotado de coisas de mulheres: shampoos, cremes, maquiagens e afins.

A única coisa "não feminina ali" era a pistola presa num coldre pendurado atrás da porta. Era uma Glock G19 aparentemente nova e nunca usada.

Quando Kate saiu, aproximando-se do balcão, Mayla voltou os olhos para ela, uma das sobrancelhas levemente arqueadas: como todo advogado, provavelmente, a Parente parecia sempre desconfiada do que lhe era dito. A Parente terminou de por os pratos e a travessa com o macarrão na mesa - mesa para quatro pessoas apenas. "- Claro, vamos ver o que dá pra fazer." - Disse para Kate e avisou aos rapazes que tinha cerveja na geladeira.

Mayla moveu-se pelo corredor pequeno indo na direção de uma das portas à esquerda e abriu, deixando a passagem para Kate também. Era um quarto simples, uma cama um pouco maior que de solteiro (aqui no BR chamam de 'cama de viúva', não sei com chama no EUA). Uma cômoda, uma estante abarrotada de livros e no chão estava uma bolsa com equipamentos que pareciam de academia - luvas, roupas etc.

A Parente deu uma olhada em Kate de cima a baixo, medindo-a rapidamente, elas eram bastante diferente - Mayla era alguns centímetros mais alta - e também tinha um corpo mais volumoso, considerando o tipo de Kate.

"- Ok." - Disse ela, abrindo uma gaveta. "- Sobre o sutiã, posso te dar os que uso pra malhar, não são exatamente os mais sexys do mundo, mas pelo menos vão se ajustar ao tamanho e você não fica com aquela sensação esquisita de andar por ai sem um."

Ela fuçava as gavetas uma por uma, enquanto retirava as peças de lá; entrou a Kate uma calça jeans que já estava ficando apertada em si, um blusão meio masculino - provavelmente - um sutiã de academia, e um par de meias. Não era exatamente a coisa mais flashion do momento e nem exatamente do tamanho dela, mas ia servir.

Mayla saiu do quarto, deixando Kate lá sozinha para se trocar.

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A Parente tinha se retirado da sala, enfiado-se no corredor - provavelmente indo para o próprio quarto - quando os Garous finalmente se reuniram.

O Fianna deu um gole na cerveja e levantou os olhos para Kate, quando a jovem começou a falar; fato foi o modo como ele arqueou muito levemente a sobrancelha ao ouvi-la falar daquele jeito com ele, sorriu de leve, com o canto dos lábios, imaginando a reação de alguém como Onowa, por exemplo. Lambeu os lábios.

"- Com todo mundo. Muita coisa. Sim." - Falou, dando outro gole na bebida, enquanto encarava a Andarilha. "- Sinceramente, ninguém liga se vocês caras ficam um dia, um mês, um ano na Umbra. E se perderam companheiros foi por incompetência própria, não é nosso problema, ainda que tenha gente lá fora, procurando por eles. O que realmente pesa aqui é que vocês caras sumiram. Sumiram sem dar uma satisfação pra quem tá acima de vocês, sumiram num momento perigoso, sumiram enquanto estavam responsáveis por uma missão que envolve Parentes, que envolvem Tribos que prezam muito, muito pelos seus Parentes. Vocês deixaram a gente na mão num momento perigoso. Tenho dois corpos, tenho Wendigos babando sangue, tenho Roedores varrendo as ruas atrás de resposta e possivelmente causando problemas, tenho Crias de Fenris vindo atrás dos seus Parentes e pressionando para que a Seita responda alguma coisa. E do outro lado... Tenho uma missão que era de uma Senhora das Sombras e que caiu na mão de vocês e que vocês estão fodendo. Alguém seguiu a Mayla duas noites atrás, agora ela só anda armada. Freya só vai e volta para qualquer lugar com um dos irmãos do lado ou com um Cria porque o avô dela mandou que fosse assim. Os Roedores estão vigiando seu primo e seu tio a pedido dele, mas nem todos tem esses recursos, nem todos tem o treinamento da Mayla, nem todos tem os irmãos da Freya ou um avô ancião socado de pura fúria, nem todos tem amigos entre os Roedores. Vocês tem que entender que as ações de vocês vão impactar muitas vidas. E que nós precisamos nos comunicar. Esses corpos, o sangue está na mão de vocês, não nas minhas nem da Último-Aviso-rhya, porque nós estávamos fazendo nossa parte."

Ele respirou fundo, deixando a cerveja na mesinha da sala.

"- Sugiro que vocês descansem, não há muita coisa a ser feita com a cabeça cansada. Depois liguem pra tal Andarilha, ela é da matilha da patricinha e tem mais informações do que nós; cuidado com o que vão falar. Depois procurem a Sullivan, ela é uma Parente que trabalha com a policia tem informações sobre o que andou acontecendo na cidade. E caso precisem de ajuda, podem me procurar."
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Ter Abr 11 2017, 15:37
Enquanto Kate tomava banho, Foalán falava com a sua familia por telefone, esperando para usar o banheiro ao mesmo tempo qus procurava carne na cozinha. mas não achou nada, Mayla já havia dito, mas o seu estômago pediu que conferisse.
Foalán escutou Kate sair do banheiro e entrou em seguida. Tomou banho, suas roupas ainda estavam limpas, afinal, passou todo o tempo na Umbra em sua forma lupina e suas roupas que eram dedicadas ainda estavam "usáveis".

Mattias chegou, Foalán logo o cumprimentou, mas tinha uma certa tensão vindo dele.
Kate então se dirigiu ao Fianna enquanto Foalán observava. MAttias então esclareceu, o que para nós ainda estava obscuro. E a situação não era nada boa... Nadinha!
Foalán sentou-se enquanto Mattias falava, Com o copo de cerveja que preparava para beber, Foalán simplesmente o colocou de lado, abaixou "as suas orelhas" e escutou cada palavra que o nosso superior falava. Tinha sido uma falha grave.
Foalán sentiu-se péssimo com aquilo, e culpado.

Mas antes que esse sentimento pegassem a todos, Foalán levantou-se e disse:

- Cometemos um deslize, e as mortes foram causa disso. Mas devemos seguir, temos nossa parcela de culpa, mas estamos em uma guerra. Na guerra, não há tempo para chorar pelas vidas de nossos companheiros.
Um guerreiro deve chorar sim, mas só quando seu trabalho estiver concluído.
Enquanto isso, devemos honrar pelas vidas dos nossos que se foram, e seguir lutando ao lado dos que ainda vivem.
Somos culpados sim pelo sangue derramado de nossos parentes. E com esse sangue nas mãos seguiremos em frente, cientes de nossa responsabilidade. Lavaremos o sangue de nossos parentes com o nosso sangue, cheio de fúria contra nossos inimigos, que blasfemam diante da face de Gaia. Não devemos fraquejar,
e jamais esquecer de nossos erros. Não para nos lamentar, mas para nos motivar a fazer o certo.
Lamentaremos depois da guerra, e lembraremos de todos que perdemos.


Em seguida, curvando-se diante do de posto mais alto, que era Mattias. Em sinal de respeito E voltando a se sentar. Pegou seu celular e procurou algum açougue por perto, ou algum mercado que vendesse carne fresca.
- Eu comeria um boi inteiro!!! - Resmungou Foalán


Última edição por Foalán em Qui Abr 27 2017, 11:45, editado 3 vez(es)
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Ter Abr 11 2017, 15:45
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Ter Abr 11 2017, 15:45
O membro 'Foalán' realizou a seguinte ação: Roll


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Sáb Abr 15 2017, 22:35
Apesar da "regra" ser: "os Parentes servem aos Garou", para Torin, nunca fora assim... Ele nunca vira Mayla de qualquer forma que não fosse uma igual, ou, até, superior, em certas situações. Estando na casa dela, ela faria as regras, e ele, apenas, se certificaria de que todos respeitassem isso.

- "Siguinte"... fiquem a vontade, mas não avacalhem o lugar, senão... (ele olhou para a irmã, antes de prosseguir) Senão, a Mayla acaba com os nossos traseiros! - finalizando em tom jocoso, Torin lançou uma piscadela para a irmã, tentando amenizar a tensão do momento...

Decepcionado com o menu, ele tratou de mostrar que estava a vontade. Apesar de ser a primeira vez que pusera os pés no apartamento... atirou-se num dos sofás e ligou a antiguidade que tinham como TV, enquanto aguardava o rango ficar pronto. A cerveja enganou a fome um pouco...

Kate tomara a dianteira (como já se esperaria da Alpha), e foi se banhar, seu retorno fora surpreendente, mas já pareciam como uma grande família de primos distantes e malucos...

A chegada de Mattias estragou o apetite de Torin - que se entupia o máximo que sua boca permitia (não sabia quando poderia comer direito, futuramente). A piada, no começo da conversa, só piorou o humor do Cria. E as constatações das consequências de sua viagem Umbral, se pioraram o sabor amargo da culpa...

Saber que sua irmã esteve em, possível, perigo na sua ausência, fez a Fúria borbulhar e quase explodir... Mas, Torin imaginou o quanto ela se preparou pra ajudar a Tribo e se repreendeu, por duvidar da capacidade dela de se defender. Afinal, ela não tinha apenas o sangue dos Crias de Fenris nas veias, mas de um dos seus mais valorosos guerreiros: seu pai.

Resignou-se em silêncio contemplativo, ouvindo os comentários dos outros.

As palavras de Foalán, ajudaram a revigorar o moral abatido. E Torin já sentia o desejo de estripar os inimigos da Seita com suas garras, ressurgir dentro de si, deixando escapar um leve sorriso.

- Sabemos nossa missão, sabemos a nossa responsabilidade, sabemos a quem procurar e, principalmente, sabemos que precisamos descansar. Eu sei que preciso de um banho... Perdemos nosso Ahroun, então,
"bardo", -
disse se votando para Foalán - contamos com você pra nos manter firmes e com a vontade inabalável de derrotar os nossos inimigos. - terminou com o semblante confiante e um olhar desafiador, como que dizendo: "Quero ver se você dá conta do recado."

Aproveitando a deixa do Adren Fianna, Torin se adiantou rumo ao corredor rumo ao banheiro, mas, antes, passando pelo quarto da irmã, para "trocar duas palavras" com ela...
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Sáb Abr 15 2017, 23:01
//CONVERSA COM MAYLA//

- E aí, "Mulher Maravliha"! Desculpa, por nós invadirmos sua casa assim, mas é assim, a vida de Garou... - entrando, lentamente, no quarto, continuou - Fiquei sabendo que algum imbecil, andou seguindo você... Haha... ele não sabe o tamanho do problema que vai arrumar...
Mas, falando sério, como você está, no meio de tudo isso que está acontecendo, fora essa Matilha de desajustados na sua sala..?


Torin olhava para ela, tentando distinguir qualquer sinal, apesar de saber que Mayla assumira muito bem o papel de "chefe da casa" após o desaparecimento do pai, e ficara boa em ocultar seus sentimentos e, principalmente,
suas preocupações.

- Eu sei que você se preparou a vida toda pra isso, assim como eu fui preparado, de certa forma... Mas, até eu, me sinto perdido e amedrontado de vez em quando... e olha que eu posso virar um "tanque" num piscar de olhos! Então, só quero que saiba que se precisar, você não tem só um irmão brutamontes, que pode fazer purê de qualquer babaca que atravessar seu caminho... Mas também tem alguém que te entende e sabe muito bem as durezas que você deve tá encarando... Então, se quiser conversar, é só dizer.
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Qui Abr 20 2017, 17:58
Quando a porta do quarto se abriu, a Parente levantou muito brevemente o olhar na direção de Torin, dizendo um 'feche a porta' baixo e voltando sua atenção para as coisas que separava em cima de um móvel, em maior parte, livros. O quarto em si não era muito grande, e não tinha muitas coisas, mas era um ambiente agradável e limpo.

"- Não sei se gosto muito da ideia de ser comparada a uma Fúria Negra." - Brincou ela, quando foi chamada de 'mulher maravilha'.

"- Não acho que tenha sido nada 'fora do normal', Portland não está tão segura ultimamente, acredito que era uma possível tentativa de assalto, mas ele parece ter mudado de ideia." - A jovem sentou-se na cama, olhando para o irmão, enquanto ele falava, Mayla sorriu de leve, movendo os ombros. "- Bem. Muita coisa pra estudar, muito trabalho... Sullivan..." - Ela começou, mas fez uma pausa. "- Sullivan é uma Parente Fianna, que trabalha na P.D. de Portland, é nosso contato principal na policia, atualmente... Ela me procurou esses dias, falando que viu um sujeito novo na cidade, um tal de Dr Faust West, ia checar o cara, mas pediu pra eu tentar fuçar 'por fora' com os Águia, vocês ouviram algo a respeito desse cara?" - Quis saber.

"- Pode ser um ponto de partida, pra vocês. Tenho um contato no hospital, se precisarem."
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Ter Abr 25 2017, 17:45
Rolagem de Defeito: Impatient.

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Ter Abr 25 2017, 17:45
O membro 'St. Jimmy' realizou a seguinte ação: Roll


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Ter Abr 25 2017, 18:02
Quando chegaram no apartamento de Mayla, Jimmy não disse muito - na verdade, ele não disse absolutamente nada, nem no caminho e nem no apartamento. Não só não estava no melhor dos ânimos com tudo o que tinham passado, como o simples fato de estar ali, dentro de um apartamento decente, com móveis, limpo, com cheiro de comida começando a encher o ar... Tudo aquilo lhe causava estranhamento o suficiente para que ficasse meio sem jeito, meio sem palavras. Jimmy não saberia dizer a última vez que havia estado num lugar como aquele: geralmente quando se reunia em grupo para comer macarrão, o macarrão tinha vindo de uma lata de lixo e eles estavam sentados em círculo, todos muito próximos, em volta de um tonel de alumínio com fogo dentro.

Ele não se incomodou de deixar Kate tomar banho primeiro - na verdade, nem estava pensando em tomar banho: não que não quisesse, era simplesmente uma idéia que, por falta de costume, não lhe passava pela cabeça tanto assim.

O Roedor de Ossos moveu-se até uma das janelas, apoiando os braços para fora e acendeu um cigarro. Ainda tinha a mochila nas costas - na verdade, tinha se esquecido completamente de que estava com ela ali. Estava com tanto sono... Estava tão perdido em meio a tudo que vinha acontecendo e se acumulando, tão, tão rápido, que sentia-se até um pouco anestesiado, como se estivesse flutuando sobre a sala, e não estivesse realmente ali. E, ao mesmo tempo, as vezes parecia estar ali demais, numa intimidade tão absoluta com o que acontecia, tão próxima com o que havia acontecido, que ficava até meio.. insuportável.

Era o caso, por exemplo, quando um Adren Fianna aparecia e queria bancar o gostosão com eles, quando respondia sua alfa daquela forma, quando expunha a situação daquele jeito - o que eles tinham feito? Absolutamente nada! Desde o começo daquela história, ninguém estava ali de livre e espontânea vontade. Ele tinha sido enfiado naquela matilha por causa do Enxame, o resto da matilha inteira tinha sido formada por causa de planos e idéias e vontades e disputinhas de ego que eles nem começavam a entender, tudo o que eles tinham conseguido fazer desde o instante em que a matilha se formou foi correr atrás dos próprios rabos seguindo ordens dadas pela metade, e quando a merda inteira explodia na cara deles, a culpa era deles? Por que? O que eles tinham feito? Ninguém tinha dado a chance deles fazerem nada!

Aquela coisa de Nação Garou era uma piada tão grande que Jimmy as vezes tinha vontade de enfiar uma granada no cu de alguém e soltar que nem um pião. E cada vez que um filho da puta de posto mais alto aparecia na frente deles, sua impressão de que a matilha tinha sido formada pra servir de bode expiatório pros erros dos outros só ficava mais forte.

Ele não disse nada em voz alta, entretanto. Continuou de costas a conversa inteira, olhando pra fora, mastigando a própria fúria e tentando ficar tranquilo, tentando manter a calma. Calmo feito uma bomba.

Alguns minutos se passaram.

Foda-se essa merda. Descansar era o caralho, ficar calmo era o caralho, esperar era o caralho - eles não tinham conseguido fazer nada até agora por que estavam seguindo conselhos, se movendo conforme mandavam, fazendo o que queriam, tentando funcionar dentro da merda de um sistema falido de Nação, o mesmo que tinha formado aquela bosta de problema pra começo de conversa. Pau no cu dessa gente.

Jimmy moveu-se até a porta e, sem dizer uma única palavra, abriu e saiu do apartamento, subindo as escadas em direção ao forro - se alguém fosse atrás dele, provavelmente iria por baixo. Como fizera tudo em silêncio, e já estava em silêncio antes, talvez conseguisse sair sem chamar atenção das pessoas. Precisava achar Omelete, precisava ir para o próprio buraco, precisava de um pouco de liberdade pra pensar ao invés de seguir o plano de algum zé ruela que achava que sabia do mundo.
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Seg maio 01 2017, 00:04
Mattias já estava de pé, quando os demais começaram a falar, o celular no seu bolso vibrou algumas vezes, mas ele o ignorou por um momento, observando tanto o Fianna quanto o Cria. Ele entendia, como Philodox, ele entendia boa parte das coisas que eles estavam passando no momento... Mas não era apenas isso. O Philodox moveu a cabeça por um instante, e observou em silêncio, quando Jimmy saiu, apenas com um leve arquear de sobrancelha.

Respirou fundo, observando as mensagens que tinha recebido. - Eu preciso continuar, tenho algumas coisas pra resolver e um problema enorme com os Wendigo. - Jogou o celular no bolso, voltando a olhar os que ainda estavam ali presentes. - Tentem falar com a tal Aleixa assim que possível.

Então moveu-se para a porta, e iria sair caso não houvesse nada que o impedisse.
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